sábado, 14 de novembro de 2009

A VERSÃO DE PABLO, Erick Henrique

Meu nome é Pablo e nunca fui muito estudioso mas sempre gostei de escrever e estudo no horário da noite e quando a aula está muito chata fico desenhando. Sempre fui atraído a coisas sobrenaturais – não anjos e essas coisas – para ser específico gosto é de demônios e possessões e aparições do mal mas não precisa se assustar. É lógico que não sou satanista ou coisa do gênero. Sou um curioso ou melhor eu sou um autor e invento contos com essa temática e faço desenhos e mostro aos meus amigos.







Mas o que vou contar agora foi muito estranho e estou ainda assustado. Eu tinha acabado de chegar da faculdade tomado banho e comido e sentado diante do computador que é um costume meu. Foi quando me bateu uma estranha vontade de sair pois minha casa estava meio abafada e eu precisava tomar um pouco de ar. Fui caminhando naquela noite bonita e de lua cheia e apesar da hora estava muito claro embora eu tenha estranhado as ruas vazias. Estranhamente vazias. Apesar de só escutar o som dos meus passos tentava achar tudo normal mas quando virei a esquina não muito longe de minha casa uma nuvem cobriu a lua.






A noite esfriou de repente. Dava pra ver a neblina na luz dos postes. Senti um frio intenso. Não era um frio qualquer. Não existia a necessidade de me agasalhar. Não tremia o queixo. Mesmo assim estava gelado. Olhei a rua escura sem ninguém. Pensei em voltar. Mas algo me fez continuar a caminhada. Cheguei ao centro da rua vazia. Vi um homem. Olhá-lo já dava calafrios. Aumentei a velocidade dos meus passos. Passei por ele. E ele me chamou:






-Pablo!






Era como se aquele chamado fosse uma ordem, mas eu não queria ir pois estava com muito medo porém fui até ele porque algo me atraía. Era um homem alto de uns trinta e cinco anos e usava terno preto e aquilo acentuava sua pele pálida – pálida esverdeada – como a apele de alguns defuntos. Parecia que eu estava dentro de um dos meus contos e ele foi dizendo que se chamava Lúcio Feras e falou que eu o havia já desenhado... Então por um momento acreditei nele.






Lúcifer havia vindo me ver. Ele tinha um olhar que parecia me atravessar. Meu medo crescia. Olhei para o fim rua. Não havia ninguém. Voltei meu olhar para ele. Havia sumido e em seu lugar um cheiro estranho e acho que era enxofre embora eu nunca tenha cheirado isso.






Hoje me lembrando desta ocasião acho que meu amigos me pregaram uma peça pois só eles sabem de meus contos e de meus desenhos e é lógico que contrataram um ator chinfrim ou algum conhecido ... Lúcio Feras! Quanta falta de criatividade e o enxofre? que coisa mais clichê. Foram meus amigos.






Mas e o sumiço? E o frio? É melhor parar de pensar nisso depois descubro como eles fizeram. Lúcio Feras, pode!? Agora estou indo dormir pois já é meia-noite.






Peraí. Que merda de barulho é esse na minha jane...