domingo, 29 de novembro de 2009

UM DIA NUBLADO, Erick Henrique


Era um dia nublado Romeu estava na rua quando a tempestade caiu, ele correu para se abrigar embaixo da sacada de um prédio, quando viu uma bela jovem que saltitava, enfiando seus pés em possas d’água, não era uma jovem qualquer era a mais linda jovem que já vira, ela se aproximava, e ele ficava cada vez mais inquieto, estão ela chega, para ao lado dele. Ele a observa, a roupa grudada aquele corpo, ele não conseguia tirar os olhos dela, os cabelos encaracolados e negros até o ombro, os grandes olhos brilhantes, o sorriso, ela sorria com imensa felicidade, e que belo corpo ela tinha, era impossível não sentir- se atraído, sobe novamente seu olhar para o olho dela, ela também o olhava, um breve instante de silencio é quebrado pelo riso gostoso daquela jovem. Então ela sai correndo novamente e saltando pela rua, ele a observa por um tempo e depois também corre. A chuva torna- se cada vez mais forte, ela vira a esquina e Romeu a perde- a de vista. Barulho, uma freada, gritos; Ele apreça- se, quando da de cara com a linda jovem caída. Ela avia sido atropelada, a multidão ao redor apenas olhava a moça desfalecida, aquilo chocava. Em pouco tempo chega à ambulância, ele anota a placa do corro SPS1312, o que não adianta de nada, os paramédicos a examinam, mas ela já avia morrido, tentam tudo que é possível, mas ela não reage. Ele grita desesperado:


- Não pode ser...

Eram 11 meses de um intenso e verdadeiro amor.

Três dias após o acidente Romeu é enterrado.

sábado, 14 de novembro de 2009




BANDITISMO, Erick Henrique

Chora o filho
-É fome
Uma decisão
Uma arma- é fria.
Em um lugar escuro
-O dinheiro, rápido
Corre!
Corre!
Luzes, cirenes!
Corre!
três tiros!
Chora o filho,
Chora a mãe.

MEU ENCONTRO COM PABLO, Erick Henrique

Pablo era jovem, pacato e simples. Dono de uma vida normal, ainda não trabalhava; estudava, apenas. Nessa época, eu o conheci. Ele muito falava de mim a seus amigos, escrevia sobre mim e divulgava minhas historietas. Sempre nutriu uma quase-devoção por minha pessoa, mas, lógico, não queria chamar a atenção, não naquele momento.







Vários contos foram criados sobre mim. Como quando tive um encontro com certo psicólogo – afinal, também fico estressado, também sou filho de Deus. Não obstante, sempre falar e escrever sobre mim, Pablo nunca me vira pessoalmente.






Esperei-o no lugar por onde ele sempre passava. Eu o conheço e antecipo seus pensamentos como ninguém. Cheguei ao local, não esperei muito, logo ele estava lá. Olhou-me e ignorou-me, como se não me conhecesse – Pablo, conheces-me apenas nunca encontrou- se comigo. Então, chamei-o.






-Pablo!


Ele olhou e veio até mim.


-Como estás, velho amigo?


-Velho amigo? Quem é você? Qual seu nome?


-Chamam- me por vários nomes, mas podes chamar-me Lúcio, Lúcio Feras. Gosto de ti. E amiúde falas de mim. Gosto disto nas pessoas.


Nunca falei de você. Nunca nem vi você.


-Sempre estive contigo. Coloquei meus pensamentos em tua cabeça. Influenciei-te em várias decisões, ajudei-te a viver, e você em troca, contas minhas historias, até desenhos fizeste de mim, de meus discípulos – sempre soubeste de minha verídica face.


-Não é possível. Você não é... será?... prove!


Pablo, Pablo, não preciso provar, sabes que digo a verdade, embora dela não seja eu o pai.






O medo chamejou nos olhos de Pablo, sua face estava pálida. Então julguei melhor partir. Deixei apenas um leve odor de enxofre, uma de minhas marcas. Acho que não estava pronto para me ver. Quem sabe hoje, à meia-noite.

A VERSÃO DE PABLO, Erick Henrique

Meu nome é Pablo e nunca fui muito estudioso mas sempre gostei de escrever e estudo no horário da noite e quando a aula está muito chata fico desenhando. Sempre fui atraído a coisas sobrenaturais – não anjos e essas coisas – para ser específico gosto é de demônios e possessões e aparições do mal mas não precisa se assustar. É lógico que não sou satanista ou coisa do gênero. Sou um curioso ou melhor eu sou um autor e invento contos com essa temática e faço desenhos e mostro aos meus amigos.







Mas o que vou contar agora foi muito estranho e estou ainda assustado. Eu tinha acabado de chegar da faculdade tomado banho e comido e sentado diante do computador que é um costume meu. Foi quando me bateu uma estranha vontade de sair pois minha casa estava meio abafada e eu precisava tomar um pouco de ar. Fui caminhando naquela noite bonita e de lua cheia e apesar da hora estava muito claro embora eu tenha estranhado as ruas vazias. Estranhamente vazias. Apesar de só escutar o som dos meus passos tentava achar tudo normal mas quando virei a esquina não muito longe de minha casa uma nuvem cobriu a lua.






A noite esfriou de repente. Dava pra ver a neblina na luz dos postes. Senti um frio intenso. Não era um frio qualquer. Não existia a necessidade de me agasalhar. Não tremia o queixo. Mesmo assim estava gelado. Olhei a rua escura sem ninguém. Pensei em voltar. Mas algo me fez continuar a caminhada. Cheguei ao centro da rua vazia. Vi um homem. Olhá-lo já dava calafrios. Aumentei a velocidade dos meus passos. Passei por ele. E ele me chamou:






-Pablo!






Era como se aquele chamado fosse uma ordem, mas eu não queria ir pois estava com muito medo porém fui até ele porque algo me atraía. Era um homem alto de uns trinta e cinco anos e usava terno preto e aquilo acentuava sua pele pálida – pálida esverdeada – como a apele de alguns defuntos. Parecia que eu estava dentro de um dos meus contos e ele foi dizendo que se chamava Lúcio Feras e falou que eu o havia já desenhado... Então por um momento acreditei nele.






Lúcifer havia vindo me ver. Ele tinha um olhar que parecia me atravessar. Meu medo crescia. Olhei para o fim rua. Não havia ninguém. Voltei meu olhar para ele. Havia sumido e em seu lugar um cheiro estranho e acho que era enxofre embora eu nunca tenha cheirado isso.






Hoje me lembrando desta ocasião acho que meu amigos me pregaram uma peça pois só eles sabem de meus contos e de meus desenhos e é lógico que contrataram um ator chinfrim ou algum conhecido ... Lúcio Feras! Quanta falta de criatividade e o enxofre? que coisa mais clichê. Foram meus amigos.






Mas e o sumiço? E o frio? É melhor parar de pensar nisso depois descubro como eles fizeram. Lúcio Feras, pode!? Agora estou indo dormir pois já é meia-noite.






Peraí. Que merda de barulho é esse na minha jane...